Decidi finalmente passar para o “papel” aquele que ia ser o post de inauguração do Galhetas.
Certo dia, mais precisamente uma terça-feira à noite, recebo uma mensagem da Catherine a perguntar-me se queria ir com ela ao IMTT de Entre Campos no dia seguinte depois da minha aula. Na melhor das intenções aceitei o tal convite (que sirva de lição!!).
Bom, tudo correu como previsto e após ter saído da minha aula fui para a estação da Cidade Universitária às 9h30 da manhã para apanhar o metro. Convém antes de mais referir que o sentido de orientação da Catherine está longe de ser… Dotado!
Catherine: Bem, agora vamos para ali (aponta com o dedo), o IMTT fica ao pé da TMN!
O IMTT não se via, nem da estação, nem de qualquer um dos vértices do edifício da TMN. Decidimos andar um pouco mais na esperança de chegarmos ao nosso destino e, a certa altura, aparece como por magia um homem com um aspecto executivo e com um Blackberry caríssimo na mão.
Mfpdoi: Bom dia, desculpe, sabe-me dizer onde fica o IMTT?
Senhor do Blackberry: IMTT?
Mfpdoi: Antiga DGV.
Senhor do Blackberry: Ah! Pois, olhe, não lhe sei dizer. Hmm… Espere! Saindo da estação de Entre Campos e passando por baixo da ponte é só andar mais um bocado e depois virar à direita. Não tenho a certeza se é o IMTT, mas sei que tem a ver com essa área.
Ponto 1: A tal ponte era quase para o lado oposto à saída e caminho que tinhamos tomado.
Ponto 2: Enquanto eu falava com o senhor do Blackberry, a Catherine falava calmamente ao telefone com a Sionnach (como se o interesse em encontrar o IMTT fosse meu!).
Decidimos seguir o rumo que nos havia sido indicado pelo executivo e depois de muitas voltas darmos, descobrimos o tal sitio de que o senhor falava (que era na avenida à esquerda e não à direita –‘): Ministério das Obras Públicas e Transportes – Que Nervos!
Catherine: Bom dia, sabe onde fica o IMTT?
Senhora da secretaria do ministério: Olhe, eu acho que é na rua a seguir a esta, mas não tenho a certeza… Faça o seguinte: saia daqui, vire à direita e pergunte no quiosque que há já aqui.
Para situar a Sionnach na história, ela continuava sentada na espanada da nossa faculdade, imóvel à nossa espera.
Saímos do ministério e virámos à direita e, assim que o fizemos vimos o ta quiosque. Tive a infeliz ideia de perguntar à Catherine: Não deviamos perguntar aqui?
Catherine: Não… Não vale a pena, é já ali…
Metros e metros ou até quilómetros para o meu maior medo se tornar realidade, demos de caras com a estação de metro seguinte aquela em que tinhamos saído: Campo Pequeno. Começámos a andar às voltas, perdidos e como em qualquer bom drama começou a chover, estava frio e ninguém nos sabia explicar decentemente onde ficava o IMTT, se é que ele existia!! Até pelo meu oculista passámos!
Por muito cansados que estivéssemos de desejosos de encontrar o IMTT, resolvemos fazer uma pausa no LIDL para comprar um apetitoso mas low cost pequenos almoço:
Com mantimentos na mala e depois de esperarmos que a chuva abrandasse, retomamos o nosso caminho com a bravura que dois exporadores precisam para chegarem ao seu destino. Subimos e subimos, subimos muito até chegarmos de uma avenida (seria a 5 de Outubro?), avenida essa que tinha um quiosque (Dejà vu!) – não, não era o mesmo quiosque que a Catherine tinha ignorado deliberadamente minutos (ou horas!) antes.
Catherine: Bom dia! Sabe-me dizer onde fica o IMTT?
Senhora do 2º quiosque: Sim sim, desce a avenida e vira na segunda à direita. (Desce! Desce a avenida!!!! – Pensei eu…)
Descemos então a tal avenida que tinhamos acabado de subir e virámos à direita. IMTT à vista! Lá estava ele à nossa espera! Parecia uma miragem…
Depois da Catherine se ter despachado, era altura de irmos até facudade para nos encontrarmos com a Sionnach que pacientemente (ainda!) esperava por nós. Pelo caminho ainda fomos a uma loja de artigos low cost que tinhamos encontrado quando descemos a amaldiçoada avenida.
Como manda o bom-senso, decidimos apanhar o metro para a Cidade Universitária no Campo Pequeno, pois estávamos lá perto. No meio de tantos caminhos eu não sabia por onde ir, mas felizmente a Catherine estava lá para salvar a situação… --‘ – A meio caminho:
Mfpdoi: Catherine, posso-te fazer uma pergunta?
Catherine: Faz…
Mfpdoi: Sabes o caminho para o metro não sabes?
Catherine: Posso não responder a essa pergunta?
Ok ok, eu sei que agora é previsível pensar que a Catherine não sabia o caminho, mas dada a confiança com que caminhava eu acreditei que íamos chegar ao destino. Entretanto decidi olhar para a frente e começo a ver a ponte de Entre Campos! Exactamente! Queriamos chegar a estação do Campo Pequeno e, sem querer, fomos dar a Entre Campos!
Apanhámos então o metro até à faculdade e, quando lá chegámos, estava a Sionnach sentada no mesmo sítio, quieta, desesperada por estar ali sózinha há séculos.
Conclusões:
1º- O IMTT não é ao pé da estação de Entre Campos!
2º- O senhor do Blackberry estava errado.
3º- A Catherine não sabe atalhos (novidade…).
4º- Pensar duas vezes antes de aceitar um convite da Catherine.
5º- O IMTT é praticamente ao lado do meu oculista xD
Prémio Galheta: A senhora que teve a infeliz ideia de dizer que o IMTT era perto do edifício da TMN (que por sua vez é ao pé da estação).
LOL Gostei! Do post, não de ter ficado 2h à vossa espera a ver a chuva a cair ao meu lado pelo toldo e a tentar manter-me seca...
ResponderEliminarGosto particularmente do
3º- A Catherine não sabe atalhos
Hum... Tenho de te lembrar do "Vamos! Eu sei um atalho para irmos mais depressa ao Complexo Interdisciplinar!" que nos fez dar a volta a todo o campus da Universidade, encontrar um casal de terroristas e passar pela Faculdade de Psicologia que fica do outro lado da estrada, sem NUNCA termos atravessado a estrada(!)??
Tenho muito bom sentido de orientação, agora os atalhos é que ás vezes falham (!!).
ResponderEliminarNão conseguia parar de rir... Tive que ler aqui um pouco ao meu pai para ele também se rir um bocado e gostou particularmente do "4º- Pensar duas vezes antes de aceitar um convite da Catherine." LOL